Blanc de Blancs, Blanc de Noirs e Rosé: conheça melhor a diversidade dos Champagnes

Champagne é, sem dúvida alguma, o mais conhecido e desejado espumante do mundo. Produzido sob estritas regras na região francesa de mesmo nome é, em geral, um corte elaborado a partir da uva branca Chardonnay e das tintas Pinot Noir e Pinot Meunier. Apesar da presença de uvas tintas, porém, a grande maioria dos Champagnes pode ser classificada como um vinho branco, mostrando coloração entre amarelo palha e dourada.

Mas nem todos são assim. Aliás, mesmo dentro dos Champagnes que mostram sua cor tradicional, pode haver variações, particularmente na combinação de uvas. Para ajudar a entender melhor estas nuances, vale a pena conhecer alguns dos estilos e termos usados na Champagne. E três deles chamam mais a atenção.

Champagne rosé

Sim, existem Champagnes rosés. Em geral, são mais intensos e encorpados que os Champagnes brancos que predominam na região. Além disso, são mais raros. Isso, combinado com a percepção de muita gente de que, na média, são melhores que os demais, os faz também mais caros. Eles representam pouco mais de 6% das exportações de Champagne, o que confirma a sua raridade.

Existem duas formas de elaborar Champagnes rosés. O método mais tradicional é chamado de saignée e envolve deixar parte do vinho-base elaborado a partir de uvas tintas (geralmente a Pinot Noir) em breve contato com suas cascas. Por conta desta maceração, geralmente bem curta, o vinho acaba se tornando rosado. Apenas uma quantidade reduzida de material colorante é extraída das cascas e passa para o vinho.

A segunda forma é mais moderna e mais comum, e envolve a inclusão de uma pequena quantidade de vinho tinto (novamente a Pinot Noir é a mais escolhida) antes da segunda fermentação. Da mesma forma que no saignée, no método assemblage não existe uma proporção fixa entre uvas brancas ou tintas no corte final, tudo depende do tempo de maceração.

Blanc de Blancs

Se nas Champagnes rosés a composição de uvas varia muito entre diferentes produtores e cuvées, o mesmo não ocorre nos Blanc de Blancs. Como o nome indica, eles são elaborados com 100% de uvas brancas, sobretudo a Chardonnay, que é, de longe, a variedade branca mais plantada na região. Este tipo de Champagne foi criado em 1921 por Eugène-Aimé Salon, fundador da Maison Salon.

Em geral, são produzidos com uvas provenientes de terrenos com alta proporção de calcário, principalmente dos vinhedos localizados na Côtes de Blancs, ao sul de Epernay. O objetivo é garantir uma maior leveza e frescor, além de uma textura diferenciada. Por conta de suas qualidades, os Blanc des Blancs são geralmente mais caros.

Blanc de Noirs

Por fim, existem também os Blanc de Noirs, elaborados com 100% de uvas tintas, seja na forma de monovarietais de Pinot Noir ou Pinot Meunier ou de cortes destas duas variedades, as únicas tintas permitidas na região. Apesar destas duas uvas serem responsáveis por cerca de 70% da área plantada em Champagne, os Blanc de Noirs são bastante raros.

Em termos de coloração, embora sejam elaborados a partir de uvas tintas, tendem a ser mais próximos dos brancos, com um reflexo rosado muito sutil. Isso ocorre pois o tempo de maceração das uvas com suas cascas é mínimo, com sua forma de elaboração praticamente idêntica àquela dos Champagnes brancos.

Fontes: Comite Champagne; The Wine Bible, Karen McNeil

Imagem: Alex Sky via Pixabay

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