Antes de vender seus vinhedos para Ivan Massonat em 2018, Jo Pithon era um dos principais nomes da vinificação de baixa intervenção no Loire. Se a joia principal da coroa era o vinhedo Les Treilles (que Pithon transformou em monopole), também chamavam a atenção os vinhos de um vinhedo próximo, o Clos de Bonnes Blanches. Curiosamente para um local tão setentrional como o Loire, este vinhedo de face norte e solo de ardósia e quartzo era responsável por vinhos de muitas finesse e alta qualidade.
O Bonnes Blanches 2011 foi elaborado a partir das vinhas velhas de Chenin Blanc plantadas neste vinhedo, de cultivo orgânico e com uso de tratamentos biodinâmicos. Na vinificação, após colheita manual, as uvas foram fermentadas com uso exclusivo de leveduras indígenas em tanques de carvalho neutro de 600 litros. O vinho seguiu em carvalho neutro por mais 14 meses e foi engarrafado após leve filtração, sem colagem.
Degustando
Um daqueles vinhos que fazem os fãs de exemplares de Chenin Blanc mais diretos e verticais salivar, mostrando uma incrível capacidade de evolução. No visual, mostrou coloração amarelo brilhante, com o olfativo marcado por aromas de pólvora e flores brancas, com notas salinas, de abacaxi e de mel.
Na boca, um Chenin Blanc de acidez marcante, muito direto e com muita estrutura. Muito seco, trouxe múltiplas camadas, com uma personalidade mais vertical, aqueles vinhos que conseguem combinar elegância, tensão e estrutura. Por conta da venda dos vinhedos, não é mais elaborado com este rótulo, porém as mesmas parcelas seguem sendo utilizadas pela Domaine Belargus no seu Bonnes Blanches, que, em safras mais recentes, era vendido na faixa de € 40 na Europa.
Nome do VinhoBonnes BlanchesSafra2011Produtor Pithon-PailléEnólogoJo PithonUvaChenin BlancSoloArdósiaGraduação Alcoólica13%Sede da VinícolaSt Lambert du Lattay (Maine-et-Loire) DenominaçãoAnjouPaísFrançaAgriculturaOrgânicoVinificaçãoBaixa Intervenção
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