Paixão, luxo e dinheiro: conheça as tendências recentes do vinho como alternativa de investimento

O vinho vem sofrendo uma enorme transformação nas últimas décadas. E não estamos falando de variedades de uvas ou estilos de vinificação. O próprio papel do vinho mudou. Se no passado ele se mostrava, sobretudo nos grandes países produtores, como uma bebida alcóolica barata e de fácil acesso, hoje seu papel é muito diferente. Por conta de sua rápida elitização, muitos vinhos deixaram de ser bens de consumo, passando para a categoria de investimento.

Em um relatório publicado recentemente, a agência imobiliária britânica Knight Frank traçou um panorama sobre as alternativas de investimento disponíveis para os mais abonados. O foco do estudo focou em três grupos: aqueles chamados de possuidores de alta riqueza (patrimônio líquido acima de US$ 1 milhão, cerca de R$ 5 milhões), os chamados ultra-ricos (acima de US$ 30 milhões) e os bilionários (acima de US$ 1 bilhão).

Vinho como investimento de paixão

Além das categorias mais tradicionais de investimento (ações, renda fixa, imóveis, etc), o estudo também analisou uma categoria emergente de investimentos. São aqueles movidos por paixão. Entre eles, estão aquisição de obras de arte, carros clássicos, joias, relógios, moedas, diamantes coloridos, móveis, bolsas, uísques e vinhos raros.

De forma geral, os investimentos em arte são os mais populares, liderando em boa parte das regiões do mundo. As exceções foram Oriente Médio e África (carros clássicos) e Rússia (joias). E o vinho? Considerando a média entre as várias regiões, o vinho apareceu na quarta posição, somente atrás de arte, carros clássicos e joias. E um número chamou a atenção: é entre os endinheirados da América Latina que o vinho aparece na melhor posição entre os investimentos de paixão (segundo lugar), superado unicamente pelos investimentos em arte.

Desempenho e perspectivas

Como o mercado de vinhos para investimento evoluiu em 2021? Considerando os vinhos mais caros como um todo, o retorno do investimento ficou na faixa de 1% ao mês. O grande destaque ficou com os vinhos da Champanhe, cujos preços subiram cerca de 31%, seguidos por Borgonha (+25%). Já os famosos vinhos de Bordeaux ficaram um pouco atrás, com valorização de 10%.

E quem foram os principais compradores? Os investidores asiáticos puxaram o mercado de vinhos da Borgonha, enquanto, no caso dos Champagnes, Reino Unido e EUA foram os principais motores por trás da forte valorização.

Para completar, a Knight Frank acredita que as perspectivas para 2022 sejam positivas, sobretudo porque o vinho funciona como uma proteção contra inflação. Além disso, pode sofrer reduções de oferta, como choques climáticos que reduzam sua produção. E quais os riscos? O principal deles é o aumento da frequência de leilões envolvendo vinhos falsificados, algo que tem se tornado mais comum nos últimos anos, tanto nos Estados Unidos, Ásia e Europa.

Fonte: Knight Frank

Imagem: Domenico Farone via Pixabay

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